domingo, 24 de julho de 2016

Condição humana e educação do amor-próprio em Jean-Jacques Rousseau



As Edições Loyola e o Prof. Claudio A. Dalbosco convidam para o lançamento do livro Condição humana e educação do amor-próprio em Jean-Jacques Rousseau, a ser realizado no dia 25 de julho (19:30 h), durante o Encontro da ANPED - SUL 2016 na UFPR.

Endereço: Rua XV de Novembro, 1299. Curitiba - PR

 

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Introdução ao Emílio de Jean-Jacques Rousseau


Curso de difusão cultural da FFLCH-USP.
Certificado de 30 horas-aula (são previstas 10 aulas).
Público-alvo: estudantes de Pedagogia, Filosofia e áreas afins.
Matrícula: de 1 a 5 de agosto de 2016 pelo site http://sce.fflch.usp.br
Datas e horários: aulas semanais às sextas-feiras, a partir de 12 de agosto de 2016,
sempre das 14h00 às 17h00.
Local: Departamento de Filosofia da USP, Av. Prof. Luciano Gualberto, 315, Cidade
Universitária, São Paulo, SP.

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) pertence à constelação de filósofos do movimento que ficou conhecido como “Iluminismo francês”. Nascido em Genebra, conquistou reconhecimento intelectual em Paris com o Discurso sobre as ciências e artes, de 1749, e o Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens, de 1754. Inspirou os líderes da Revolução Francesa com o livro Do contrato social, publicado em 1762, deixando assim uma contribuição marcante na história do pensamento político. Vale entretanto notar que a vasta obra de Rousseau passa também por outros gêneros, incluindo a autobiografia, o romance, o teatro, a música e as ciências. O tratado Emílio, ou Da educação, lançado em 1762, tem o mérito de sintetizar tal variedade expressiva sem abrir mão de um extremo rigor conceitual, típico do discurso filosófico. Entre outras inovações, Rousseau introduziu, com Emílio, um modo particular de compreensão da infância, o que leva autores como E. Claparède a falarem numa “revolução pedagógica”. Polêmicas à parte, é inegável que o Emílio provocou um sensível alargamento nos horizontes modernos da antropologia e da pedagogia, chegando ao século XX como uma das principais fontes teóricas do movimento escolanovista. O atual debate quanto aos limites da aplicação da doutrina educacional de Rousseau é, nesse sentido, a prova viva de que os problemas levantados no Emílio permanecem candentes. Por que, então, deixaríamos de reler esse clássico da filosofia da educação?

MINISTRANTE DO CURSO:
Thomaz Kawauche é Doutor em Filosofia pela USP com tese sobre os escritos políticos de Jean-Jacques Rousseau. Realizou estágio doutoral de 12 meses na Université Paris IV – Sorbonne com bolsa da CAPES (2010-2011). Foi pesquisador de Pós-doutorado na USP financiado pela FAPESP (2012-2013) e Professor Adjunto no Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Sergipe (2013-2014). Participou de importantes congressos nacionais e internacionais relacionados ao Século XVIII. É membro fundador da Associação Brasileira de Estudos do Século XVIII – ABES XVIII. Publicou o livro Religião e Política em Rousseau: o conceito de religião civil (Editora Humanitas, 2013), além de diversos artigos acadêmicos sobre a obra rousseauniana. Atualmente, colabora como pós-doutorando nas atividades do Grupo de Estudos Rousseau da USP.

I – Objetivos
Expor ao aluno o projeto de educação proposto por J.-J. Rousseau no Emílio considerando-se, por um lado, alguns escritos desse autor, como o Discurso sobre a origem da desigualdade, a Nova Heloísa e o Contrato social, e por outro lado, o contexto histórico e intelectual da França do século XVIII no qual o projeto se situa, bem como algumas das fontes utilizadas por Rousseau em matéria de educação (sobretudo Montaigne e Locke). Trata-se de uma introdução à leitura dessa obra fundamental da história da filosofia que, nos últimos quinze anos, tem se mostrado um interessante objeto de pesquisa para pedagogos e filósofos da educação no Brasil. Espera-se que o exercício de leitura dos cinco livros que compõem o Emílio, assim como dos textos de Rousseau e da bibliografia de apoio, capacite o aluno a não apenas compreender os conceitos filosóficos implicados na pedagogia rousseauísta, mas também refletir criticamente, por meio dessa compreensão, sobre a possibilidade de aplicação desses mesmos conceitos na atividade docente.

II – Cronograma
1ª aula (12/08/2016) – Apresentação do curso
2ª aula (19/08/2016) – Algumas fontes do Emílio: Montaigne e Locke
3ª aula (26/08/2016) – Noções acerca do sistema de Rousseau
4ª aula (02/09/2016) – Livros I e II do Emílio: o plano geral
5ª aula (16/09/2016) – Livro III: teoria do conhecimento
6ª aula (23/09/2016) – Livro IV: a ordem moral
7ª aula (30/09/2016) – Livro IV: religião natural
8ª aula (07/10/2016) – Livro IV: moral e história
9ª aula (14/10/2016) – Livro V e considerações gerais
10ª aula (21/10/2016) – Interpretações exemplares

III – Métodos utilizados
Aulas expositivas e discussão de textos indicados na bibliografia. Serão convidados conferencistas para tratarem de pontos específicos durante o curso. Confirmadas as participações de: Profa. Dra. Maria de Fátima Simões Francisco (FE-USP) e Profa. Dra. Maria das Graças de Souza (DF-USP).

IV – Atividades discentes
Leitura dos textos, participação nas discussões.

V – Critérios de avaliação
Presença em 85% das aulas, nota mínima 5,0 (cinco) na monografia a ser exigida ao final do curso, participação nas discussões.